quarta-feira, 27 de março de 2013


Expectativas superadas nunca foram um problema.
A não ser que isso te faça voltar há uns dez anos atrás.
Te faça sentir as mesmas borboletas no estômago, as mãos trêmulas e frias, a arritmia inesperada.
Um pensamento fixo durante um dia todo, uma noite toda.
A dúvida. O enorme ponto de interrogação que te faz lutar e se forçar a pensar em outra coisa, ver tv ou comprar sapatos novos.
Qualquer distração é válida.
E numa fração de segundos de nada adiantou essa distração.
Lá está, com mil planos, mil cenas montadas e repensadas.
Mil futuros de nós dois.
A velha romântica que vivia adormecida despertando aos poucos e fortemente.
Ilusão pensar que o romantismo morre quando um amor se vai.
Ele apenas se resguarda, se prepara para que um novo amor seja tão bom quanto o outro.
Tão convincente que fica impossível não romantizar.
O medo de cair de novo está aqui ao lado. Parece um sexto sentido.
Alguém que avisa: vai devagar, cuidado coração impulsivo.
Mas eu diria que avisos são muito mais reconhecidos do que ouvidos.
Então presumo que estou prestes a cometer os mesmos erros de antes.
Não é no amor e na guerra que se vale tudo?
Diria que se vale tudo quando se quer viver algo ou simplismente viver.
As vezes caminhar até algo não é o bastante. As vezes é preciso pular, se jogar.
Será?
Me chamem de sonhadora impulsiva, de novo.