Pela fresta da porta: a luz meio fraca do fim do dia invade o escuro da sala que tem apenas o som das músicas que me deixam desabafar, que me fazem te lembrar.
Reflete tudo no vaso da mesa, se voltando para o meu rosto, e assim me mostra os olhos inchados, o cabelo desarrumado, a tarde de hoje igual a de ontem.
E quando o sol finalmente vai embora... resolvo pegar as cores trancadas no guarda-roupas, e visto sem o mínimo pesar.
A noite me tira o cansaço, me devolve a ilusão.
Saio por ela como se algo novo fosse me tirar a monotonia, me deixar com novas lembranças em minha rotina.
Com luzes acesas, com o preto em volta dos olhos, ninguém percebe minha tristeza.
Ninguém se importará com ela.
E perdendo a noção da hora, serei feliz até o amanhecer.
Podes parecer, as vezes, longe desta ilusão. Acontece que jamais se perderia, se deixaria de ser, assim... iludida
ResponderExcluirTardes iguais, dias iguais.
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