quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ser como o rio


Que sua partida seja breve.
Principalmente no meu coração insano e completamente apaixonado por você.
Que ela seja como um rio, que se separa por um tempo, que não se toca, não se vê, não se sente mais...Ah, eu não te sinto mais...
Que se divide ao meio, que me mata de hora em hora por não estar inteiro.
E ainda assim consigo me sentir viva pela dor que sinto, pelo corte que arde no peito.
Pelo desespero contido de não querer essa vida, de me torturar por ter te deixado partir.
E custo acreditar, que foi possível, você ir.
Não por completo, se assim fosse, pararia de sentir de vez, me tornaria imune a qualquer tipo de sentimento.
Mas, você não se foi. Você não se vai.
Você prometeu ser temporário, ser como o rio.
Que eu me lembre da volta então.
Que não esqueça do reencontro.
Porque neles, se compensa a falta. Quando a parede entre a gente se tornar invisível.
E não mais impedir que nos misturemos, que nos tornemos um só.
E não há mais o mínimo espaço entre a gente.
É quando eu não mais lembro do dia em que chorava de saudade,
de noites lamentando a distância, das vezes que desacreditei e amaldiçoei - agora tão presente - o amor.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Queria você por mim




- Foi quando vi que eu queria crescer nos seus olhos,

deslumbrar em sua boca,

me decompor em suas mãos.

Eu queria você inteiro,

pedindo por mim.

Amor de um só lado da cama


- Já te disse tantas vezes que eu não te merecia... Eu não te mereço Estella!
- Parece mais com não saber dar valor, Raul...
É. A questão aqui não é merecimento, é retribuição.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Um tempo pra nós

Eu sempre soube que eu poderia dormir e acordar cada dia em um lugar, que poderia acordar animada, poderia ver a lua tomando conta do céu, o sol subindo de manhã, talvez encantada e rindo a toa, lendo meu romance cotidiano.
Mas eu sabia que seria minha melhor noite quando nela tivesse você.
Eu dispensaria a natureza e deixaria meus livros.
Porque se você vem, há duas luas, dois sóis, duas almas, nós dois.
Eu vejo que tenho dom para ser feliz, de verdade.

Vai embora e deixa a dor pra trás


- Mas, eu aguentaria a dor, a vida toda, se você sempre voltasse.

"Eu segurei-a apertado, beijei-a, nosso último beijo."


- Como um último beijo pode parecer o primeiro?
Por que será que com você, o gosto é sempre de descoberta, de sensação-boa-jamais-sentida?
A tristeza do último beijo se resume nele ser único, de não poder ter mais um, mais dois.

Felicidade brilha no ar


- Felicidade é descobrir que alguém te faz crer que você pode ter, que você pode ser. Inteiramente e infinitamente. Feliz.