domingo, 2 de dezembro de 2012


Muito tempo se passou sabe...
Não me sinto amargurada, ando até ouvindo melodias mais animadas.
Dou conselhos que não sigo. Espalho a esperança que não tenho.
Encorajo os outros mesmo sendo totalmente medrosa.
Rio alto, conto coisas engraçadas e demonstro romantismo. As vezes.
O problema é isso ser calculado. Repensado, analisado. Por mim mesma.
Nunca estive melhor, aos olhos estranhos.
Passos seguros, inteligência convincente, bom humor, o tempo todo. Ou quase.
Mas a confusão continua aqui dentro. É a minha mente que não consigo controlar.
São os pensamentos que me traem.
As dúvidas que não acabam, a cicatriz que ainda dói.
E se não sou o que vêem, o que sou então?
Quem eu sou? Só sei de quem eu fui, só tenho certeza de quem eu era.
Porque se tornou tão difícil ser. Eu.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012




O que estou fazendo de errado se não apenas tentar?
É como virar na esquina sem querer, tentar adivinhar o rumo certo pela direção que se segue e virar outra esquina sem querer.
É deixar que o vento refresque, que o sol faça chover.
Sem ações imediatas ou impulsos exagerados.
Esperando acontecer. Torcendo para que seja bom.
Pode ser bem mais simples assim.
Pode ser que tenha, mais vida em mim.

sábado, 8 de setembro de 2012

Bem dessa.


Me pergunte o porquê de só agora escrever.
Te digo talvez, que seria apenas parte da grande vontade de sentir liberdade, me libertar de você.
Você que hoje é lembrança e a cada segundo mais me mostra que não te vivo em nenhum deles.
Sobre o que passamos?
Percebi que você não foi o grande cafajeste da história, talvez.
Mas entendi que depositei sonhos em você que nunca deveria tê-lo feito. É grande demais, felicidade demais.
Não diria agora, "sem mágoas", "tudo bem". Mas tranquilamente diria, "sem amor", "Tudo passa".

quarta-feira, 15 de agosto de 2012



Como pode, sentir falta de algo que ainda não aconteceu...Como pode?

Como eu pude me entregar sem ao menos chegar a ter?
Os sentimentos consomem, a mente nos trai e o coração..ah, o coração. Este sim, sofre pra burro.


- Rízia Luiz

sábado, 4 de agosto de 2012



O que me incomoda não é você não ter cumprido o que prometeu, é você dizer que não foi por mal.
O que me parte o coração não é amor não correspondindo, é a falta de lealdade com os sentimentos..
O que me faz chorar hoje não é pelo que  aconteceu ontem, mas sim por todo um tempo que eu planejei.
O que me deixa puta, com o perdão da palavra, não são suas mentiras, mas o seu enorme desleixo para sustentá-las. Me subestimando, me poupando com palavras amigáveis. Me poupe de vez, de tudo.
Você pode enganar uma pessoa em algum momento, mas não o tempo todo.

segunda-feira, 30 de julho de 2012


Se faltar a paz, se faltar a paz, Minas Gerais...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

“Separei-me de minha esposa porque ela era terrívelmente infantil. Uma vez, eu estava a tomar banho na banheira, e ela afundou todos os meus barquinhos sem nenhum motivo aparente.”

— Woody Allen

“Esperanças perdidas desgastam a fé.”


-Rízia Luiz
“Parece bobo sorrir para o sol invadindo a sala pela manhã, ver sentido em uma música melodramática e até se sentir orgulhosa por ter completado a faxina. É que as vezes parece pouco, mas é tudo.
Parece otimismo demais ser feliz apenas pelas palavras que recebe. É simples, porém faz todo o sentido quando se tem amor.
Independente de como vem, de onde vem e o porquê vem. Ah, o amor, não é por ele que vivemos?”


- Rízia Luiz

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Chega uma hora que cansa nadar contra a maré.
Automaticamente você para de bater os braços e apenas boia.
Você resolve fazer algum sinal, pedir socorro, gritar, deixar em alto e bom tom que não aguenta mais. Deseja por fim ser resgatada por qualquer barco, bote, navio, qualquer coisa que te dê apoio e segurança, por mais que isso signifique desistir.
Mesmo que te leve na direção contrária, para onde tudo começou.
Deixa pra trás a luta que foi chegar até ali, você recua.
É como admitir que sozinha, eu não pude. Que sozinha, não havia porto de chegada para mim.

-Rízia Luiz

sexta-feira, 20 de abril de 2012





Deixemos de lado as crises existenciais, os dramas psicológicos, os complexos exagerados. Deixemos de chorar, no banheiro de um bar qualquer.

-Rízia Luiz


Tente enterrar junto com você suas casas, seus carros, suas jóias e seus cartões. Porque só assim, fará algum sentido viver somente para consegui-los.

- Rízia Luiz

Nos dias em que até o que é agradável se torna um imenso tédio.


-Rízia Luiz

quarta-feira, 11 de abril de 2012


Os planos e os sonhos nos acompanham durante todas as épocas de nossas vidas. O maior mistério é se eles vão se concretizar. E podemos chamar de milagre, as mínimas coisas que se realizam, seja o que sonhamos ou planejamos. Mas, há coisas que nem fazíamos ideia que aconteceriam. Pra essas coisas, eu chamo de Deus.


-Rízia Luiz

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Desci as escadas, era só mais uma chuva de verão.
Daquelas que chegam sem avisar e se vão sem você se dar conta.
Mas, não. Ela perdurou a noite toda, o dia inteiro seguinte, mais uma noite e mais um dia.
Em casa, "de molho" pensei. Um apartamento no alto e ao meio de tantos se torna grande quando se está sozinha.
Pela janela as luzes mostram outras solidões, umas acompanhadas, outras forjadas, mas cada uma em seu quadrado de paredes.
É nessa hora que você pega o telefone na tentativa de preencher o vazio.
Mas o vazio maior é que eu não tinha um número para discar.
Bobagem! Um número eu tinha, vários até. Afinal, para que servem as chamadas de emergência?
O maior problema é não ter o seu número.
Mais uma vez virei para o lado, escorei na janela e olhei a chuva. A chuva tem uma beleza triste.
Vi as luzes, a cidade imensa. Poderia ser a sua cidade.
Você poderia estar em alguma daquelas solidões. Você poderia.
E eu não poderia pensar tantas coisas em uma sexta-feira chuvosa.
Eu não poderia, mas aguentava firme.


-Rízia Luiz

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012



Meus motivos são outros hoje. Aquela alegria validou.
Já refleti muito, mas as perguntas ainda vagam em minha mente.
Para que foram os planos? E o que faço com os sonhos agora?
Queria poder guardá-los, escondê-los, dar remedinho para que todos dormissem.
Mas não funciona. Viraram fantasmas. Quanto mais se pensa que não existem, mais piora, mais me afeta.
Ah o tempo, meu velho inimigo. Não tenho mais forças contra você. Apesar de não gostar, te deixo.
Afinal, não é você que resolve meu caro?
Não é você que leva tudo?
Estás sobrecarregado, eu sei, eu sei.


-Rízia Luiz