quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ser como o rio


Que sua partida seja breve.
Principalmente no meu coração insano e completamente apaixonado por você.
Que ela seja como um rio, que se separa por um tempo, que não se toca, não se vê, não se sente mais...Ah, eu não te sinto mais...
Que se divide ao meio, que me mata de hora em hora por não estar inteiro.
E ainda assim consigo me sentir viva pela dor que sinto, pelo corte que arde no peito.
Pelo desespero contido de não querer essa vida, de me torturar por ter te deixado partir.
E custo acreditar, que foi possível, você ir.
Não por completo, se assim fosse, pararia de sentir de vez, me tornaria imune a qualquer tipo de sentimento.
Mas, você não se foi. Você não se vai.
Você prometeu ser temporário, ser como o rio.
Que eu me lembre da volta então.
Que não esqueça do reencontro.
Porque neles, se compensa a falta. Quando a parede entre a gente se tornar invisível.
E não mais impedir que nos misturemos, que nos tornemos um só.
E não há mais o mínimo espaço entre a gente.
É quando eu não mais lembro do dia em que chorava de saudade,
de noites lamentando a distância, das vezes que desacreditei e amaldiçoei - agora tão presente - o amor.

3 comentários:

  1. A distância, a ausência... a SAUDADE!
    Dói, mas como vc disse, tb nos faz nos sentirmos vivos... que contradição, né?

    Beijo
    E obrigada pelas visitas!

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  2. Isso me lembrou a letra de Miss Sarajevo.

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