domingo, 2 de dezembro de 2012


Muito tempo se passou sabe...
Não me sinto amargurada, ando até ouvindo melodias mais animadas.
Dou conselhos que não sigo. Espalho a esperança que não tenho.
Encorajo os outros mesmo sendo totalmente medrosa.
Rio alto, conto coisas engraçadas e demonstro romantismo. As vezes.
O problema é isso ser calculado. Repensado, analisado. Por mim mesma.
Nunca estive melhor, aos olhos estranhos.
Passos seguros, inteligência convincente, bom humor, o tempo todo. Ou quase.
Mas a confusão continua aqui dentro. É a minha mente que não consigo controlar.
São os pensamentos que me traem.
As dúvidas que não acabam, a cicatriz que ainda dói.
E se não sou o que vêem, o que sou então?
Quem eu sou? Só sei de quem eu fui, só tenho certeza de quem eu era.
Porque se tornou tão difícil ser. Eu.

2 comentários:

  1. Olá! São questões levantadas pela filosofia, desde remotos dias, não é? Talvez o acalento é saber que estamos no mesmo barco! abraços

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  2. Lembrei que tive um blog, vi você nos seguidos e parabéns, a cada dia você escreve melhor.

    Beijos, se cuida.

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