
"A vida corre fácil pra mim, na maioria das vezes. Então é isso, a água gelada, a filha do vento."
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Ligados pela distância

quarta-feira, 28 de julho de 2010
Minha resposta é você

Já tentei entender por que não tenho mais controle sobre o meu coração, o porquê de todas as batidas agora serem por ti.
Já tentei entender por que não consigo te tirar da minha cabeça por pelo menos um dia, e eu sei que um dia é muito tempo, na verdade uma hora já é impossível.
Já tentei entender por que não encontro em outro alguém aquilo que há em ti.
Já tentei entender como você faz eu me sentir tão bem com apenas gestos simples que eu já nem dava mais valor.
Já tentei entender por que entre tantas pessoas que eu tenho por perto, quero estar com quem está tão longe.
Já tentei entender por que tu demoraste tanto pra entrar na minha vida e agora ser o sentido dela.
Já tentei entender por que em todos os meus planos, se não tiver você, nada faz sentido.
Já tentei entender por que só o fato da sua presença, faz com que meu dia nublado se torne ensolarado.
Já tentei entender por que o tempo pára e todos os meus problemas desaparecem quando você me faz companhia.
Já tentei entender porque tudo é tão difícil quando a gente briga.
Já tentei entender por que o dia não é dia, são apenas 24 horas sem sentido quando não falo contigo.
Já tentei entender por que não tenho mais forças, o porquê delas serem todas suas.
Já tentei entender por que agora me sinto mais completo contigo em minha vida.
Já tentei entender o porquê dos meus sorrisos mais verdadeiros serem todos pra ti.
Já tentei entender por que você entrou na minha vida de uma maneira tão discreta e hoje é a personagem principal.
E pra todas essas tentativas em compreender, a resposta é a mesma em tudo, é esse sentimento que eu já nem sei mais o tamanho, porém sei que é forte e intenso, minha resposta é você.
Nicolas Schulter.
Obs: Meu mais novo amigo que também adora escrever.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Apenas pelas lembranças

segunda-feira, 19 de julho de 2010
Você volta com meu sorriso

quarta-feira, 14 de julho de 2010
É hora de dormir

"- O que foi?! gritou vibrando toda.
Ele se assustou com o medo da mulher. E de repente riu entendendo:
- Não foi nada, disse, sou um desajeitado. Ele parecia cansado, com olheiras.
Mas diante do estranho rosto de Ana, espiou-a com maior atenção. Depois atraiu-a a si, em rápido afago.
- Não quero que lhe aconteça nada, nunca!
disse ela.
- Deixe que pelo menos me aconteça o fogão dar um estouro, respondeu ele sorrindo.
Ela continuou sem força nos seus braços. Hoje de tarde alguma tranquila se rebentara, e na casa toda havia um tom humorístico, triste. É hora de dormir, disse ele, é tarde. Num gesto que não era seu, mas que pareceu natural, segurou a mão da mulher, levando-a consigo sem olhar para trás, afastando-a do perigo de viver."
Laços de Família, Amor, Clarice Lispector.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Ausente, em sua vida também

Existe ela que está tentando crescer, mesmo de repente percebendo, que crescer, afinal, é uma droga. Tem alguém rodeando seus pensamentos, e no fundo ela sabe, que a verdade está estampada no espelho do banheiro, logo pela manhã, quando ela acaba de passar a água fria sobre o rosto.
Fugir dessa verdade faz com que tudo fique menos sofrido, faz com que o céu cinzento lá fora, fique decorado com as luzes dos altos prédios à noite.
É nessas horas vagas, nesses dias de folga, que ela pára e pensa no rumo que sua vida está levando, na bagunça que ela se tornou. Vida contraditória e engraçada às vezes.
A identidade é algo difícil e doloroso de se encontrar e assumir.
Se poupava de lembrar dela quando havia várias coisas a se fazer, quando havia alguma coisa pra se preocupar.
Que fosse o clima, a poupança, a notinha da loja de calçados.
E então quando não houve isso, quando tudo não está corrido...
Ela se lembra do seu cachorro que morreu, se revoltando com o abandono dele, e se culpando por ter o abandonado antes.
É assim que ela sabe que os travesseiros não são mais suficientes.
Está precisando daquelas duas pernas que vem com carinho nos cabelos de brinde.
Aquele colo de santa que suporta todas as lágrimas do mundo.
Depois por um relapso, sente que o tempo passou, que não cultivou certas amizades e que não regou seus relacionamentos.
E a família inteira anda sumida. Ela está a sua espera quando se recorda dela.
Acha difícil agradar a todos, ser presente em tantas vidas.
Agora, ausente, em sua vida também.
Assim como sentia falta dela mesma, viu como fazia falta para seu pai.
Que foi ele quem deu tudo que a pertencia, até sua luz interior.
É nessas horas que ela grita por dentro sem poder ser ouvida.
Na beira do precipício que quem nos ama nos puxam contra.
Tem sido um longo tempo sozinha, talvez seja hora de voltar.
O sol ainda brilha em cima de sua cabeça, sentiu isso.
Ela sabe das coisas, das decisões tomadas, das perdas, e do que ainda pode ser.
Enfim, olhou para o horizonte, e quis provar os poderes dos anjos, e usar as asas que tanto diziam que tinha.
Ainda tinha o que recuperar,
o que buscar.
Ela não estava perdida, desencontrada talvez.
Porque descobriu que estavam todos lá, guardados numa gaveta bem alta de um armário bambo.
Havia pegado os vários momentos em que riu, vivenciados em fotografias, amareladas de tão velha.
Era hora de vivê-los de novo. E foi.
Talvez tudo, talvez nada

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem juntos para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada."
Caio F. Abreu.
sábado, 10 de julho de 2010
À míngua nas semanas seguintes

"- Preciso desligar, Luísa. Mas antes quero te dizer uma coisa importante.
- Sempre antes de sair vem o melhor momento. Bem, nem sempre, na verdade. Diga-me, Lúcio.
- Antes de ir, declaro que nunca irei.
- Você nunca vai de verdade... Agora me deixa à míngua nas semanas seguintes.
- Passe o tempo que for, distância... Você já é.
- Pois bem, estarei aqui sentada esperando, apenas sendo".
Cadernos de Luísa - Vanessa Souza Moraes
Ps: Lindo, não?!
Se quiseres mais.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Que seja sincero enquanto dure

Não sei descrever ao certo o que você trouxe
e mais ainda o que você levou.
Porque você correspondeu expectativas, e o seu olhar era intenso.
Ainda assim, me senti insegura, por exigir demais de mim e de você.
Talvez seja pela ilusão que eu criei, pela fantasia exagerada, pelo sentimento demasiado forte, pelas juras de amor impensadas e por tudo que eu sonhava.
Na minha mente agora vem, você saindo pela porta, eu entrando no elevador.
Rápida e ansiosa, como se tivesse algo importante a fazer lá em cima.
E eu tinha. Era importante: chorar.
Pensaria e evitaria todos os desejos, e mais ainda seus encantos. Eu evitaria, mas quero te ver.
De novo, sempre.
E mesmo assim, te amaria, e isso me daria raiva.
Não entendo como você faz isso. Como faz com que eu me sinta única e sua, que eu fique desnorteada, sem saber das coisas, e eu me derreto, e eu fico adepta a qualquer proposta.
Diria sim - na noite passada- sem ao menos piscar, poderias me pedir tudo.
Deve ser o seu cuidado por mim, e as suas risadas ecoando na minha cabeça, e a sua teimosia, e o seu gosto de coisa-boa-jamais-experimentada.
Devem ser efeitos coláterais : ficar triste quando você se vai.
Ter medo do que poderá vir, do que ainda será.
Porque mesmo partindo, você ainda está no aqui e no agora.
Perdoe-me se por hora sou Clarice,
se não sei amar pela metade,
se não sei viver de mentira,
se não sei voar de pés no chão.
Porque eu, só por ter tido carinho, também achei que amar era fácil.
E se eu posso te pedir algo,
pediria que não fosse eterno - mas sincero - enquanto dure.
E te deixo agora, essas várias palavras, sinceras e imediatas com aquele som ao fundo.
Mordidas carinhosas,
De mim.
Quase
quinta-feira, 8 de julho de 2010
A força maior

Não irá compensar depositar sonhos, planos, expectativas nos outros.
Em algum momento você acorda que são seus planos, seus sonhos, suas expectativas...
A diferença está em você.
Você só conseguirá se você for atrás. Não adianta esperar. Não adianta espernear, esqueça o mas.
Mas antes de tudo, tenha fé em si mesmo.
Onde você chegou esperando aquele beijo no fim da noite? Que não veio...
Onde você deixou a esperança de receber aquela mensagem?
É hora de você pegar suas próprias asas para voar, esqueça o para-quedas e o instrutor dele.
Só assim, você vai ver, que a maior força está em você, que o seu sonho estava tão perto, era só esticar os braços.
Mais uma noite
terça-feira, 6 de julho de 2010
Que te ama tanto

Não sei se estou ansiosa, não sei se é pura covardia.
Ai de mim, que te ama tanto.
Sabe quando certa época chega, e te faz sorrir, e te faz feliz, e você não quer que acabe, e você tem medo, e você se desmancha.
E o amanhã vem melhor que o hoje, mesmo sendo inacreditável, mesmo sendo tão impossível ser tão bom!
Eu hoje não sei descrever o que você traz a minha vida.
Sei o quanto tudo isso me faz bem, acho que por isso o receio me deixa intacta, imóvel, para que nada mude, para que nada se acabe.
Você, minha inspiração de pegar o violão e gastar minha voz rouca com letras clichês - para demonstrar meu amor-seu amor-o nosso amor.
É, meu lindo, sei que não devo me preocupar com sua ausência futura, nem com o término de tudo que vivo hoje. Você me diz, eu sei, que você sempre será, hoje ou depois.
Eu confio em você. Mas, é impossível não sentir dor quando penso que você irá embora.
Meu amor é demais, é sereno, é contagiante, é impensado, é ilimitado, você sabe.
O que você não sabe é que ele nunca é o mesmo se você não estiver.
Você não sabe que ninguém o terá - do meu amor infinito - além de você.