domingo, 12 de dezembro de 2010

Eu me sentia desabar

(Para ouvir)

Senti a mesma euforia de antes quando vi seu nome me chamando ao telefone.
E a sua voz baixa deixava transparecer mais alto sua respiração e o efeito disso não havia mudado, nem sequer diminuido.
Eu ainda te sentia perto.
E mesmo faltando as promessas,
as vírgulas de dois apaixonados,
as palavras de gente que tem mais saudade do que novidades.
Mesmo assim, eu me sentia desabar.
E aquela mudez parecendo vazia não consolava em nada.
Sabíamos do que não precisava ser dito, do que se passava na mente com pensamentos rápidos e distintos.
Só de ouvirmos a nós mesmos, respirando.
E assim, nos perdemos das palavras.
E aquele amor que ainda me aquece por dentro,
que eu não sei o que fazer dele,
prometia ficar.


4 comentários:

  1. Em certos momentos as palavras não são necessárias...
    Lindo texto

    :)
    Boa semana pra vc
    Beijos

    "A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade" (Carlos Drummond de Andrade)

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  2. Seu texto, deixou-me com as letras dos olhos em lágrimas.
    O gostoso desse mundo virtual, é descobrir pessoas que valem a pena as letras e versos. Sinta-se parte de todos os versos meus!

    BeijooO*

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  3. A mudez nem sempre é vazia, costuma ser bem recheada de entrelinhas ;)

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