sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Te procuro, me procuras



Tem vezes como essa que saio na rua a procurar algum indício seu,
alguma coisa parecida com aquele tempo, com aquelas outras vezes.
Te procuro, me procuras.
E sem vitória na busca, eu me contento e me acalmo com o que tenho.
Porque a ausência faz a gente buscar qualquer migalha do que foi,
faz a gente querer sentir o que sentimos em noites atrás.
E percebendo que não te culpo de buscar outros amores, sabendo o quanto é difícil suportar a saudade na solidão.
Em repulso, sinto o peito inchar,
me tirando o ar, e me desnorteando os movimentos ao pensar que esse outro amor pode te dar mais do que eu te dei.
Apesar de entender o que você faz, temo por não saber o que você sente.
E a insegurança bate a minha porta. Coisa que outros não me concederiam.
E fico louca. E te quero aqui.
Porque em momento algum poderia arriscar perder o seu amor por mim.
Algo fora de cogitação, insano, impossível seria...
Um absurdo desistir de você,
minha válvula de escape, inspiração nos dias nublados.

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