quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dia cinzento



Naquela manhã, depois de sonhos inquietantes, com a cortina voando, viu o dia cinzento e fez questão de pôr cores diversas no corpo, no pescoço, nos pés, na cabeça, nas mãos.
O frio a deixava fazer isso. Sua alegria estampada no corpo.
Por dentro o dia nublado a invadia, fazendo vibrar suas cores.
Amava o frio e o que ele trazia. Pensava nas melodias e nos movimentos.
Sabia que alguma coisa havia mudado. O tempo passou. Garoava na pele. E a estação chegou. O relógio na parede riscada não parou.
Sentiu viver a vontade de sair. De procurar. De se cansar de novo.
E algo bom saltava dos seus olhos, pulsava no seu peito, sentia o sangue correr.
Ela parou de viver seus sonhos.
A vida lhe chamou pra fora e agora ela tinha certeza.



(Almost lover - A Fine Frenzy)

Nenhum comentário:

Postar um comentário