segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ana veio


Um ano antes, nasce alguém mais forte que eu. Com pensamentos quase iguais, de opinião forte e com personalidade decidida.
Esse alguém se fez presente na vida de todos que a conheciam mesmo não estando.
Ela dançava na chuva e cantava com o vento.
Não se podia imaginar sua vida sem todas as suas cores, sem aquele brilho no canto dos olhos.
Todos que a viam, logo se contagiavam com seu sorriso e o mais impressionante é que podia ser quem fosse, ela supreendia.
Surpreendeu em todas as fases de sua vida. Surpreendeu coisas, pessoas, animais, tudo.
Ela disse sim quando todos esperavam um não.
E ela demonstrou sua grandeza quando não havia mais espaço.
Entrara na minha vida, e já havia entrado na de tantos outros, sorte a minha, sorte de todos.
Encantava e nunca desencantava, nasceu com esse dom, com esperança excessiva.
E todos queriam estar perto, pegar um pouquinho da sua auto-confiança.
Ao contrário de todos, seu coração estava na palma das duas mãos, qualquer um podia pegar um pouquinho se quisesse.
Era de se admirar. Era ela, que certo dia conquistou o amor.
E esse sentimento que sempre esteve, agora, pulsava mais forte.
Estranhou a situação de se estar tão envolvida com alguém, assim como todos estranharam.
Mas, como poderia ser estranho?
Só de olhar dá para ver: - Ele, feito pra ela.
- Ela, sua maior conquista.
Queria que o mundo fosse só dele e dela e mais ninguém, mas ela nunca conseguiu.
Nunca conseguiu deixar de pensar em quem a amava.
Sua família veio em primeiro lugar. Ele depois. E claro, suas tantas e diferentes meninas, ora amigas, ora irmãs, que conquistava a cada passo, em cada estrada, em qualquer lugar.
É mesmo digna de tantos elogios, de tantas alegrias.
Merecia o mundo embrulhado numa caixa preta de bolinhas brancas e fita vermelha.
Merecia o mundo sem suas maldades, sem o rancor das pessoas, sem os sentimentos ruins.
E sabe, ela deixa o mundo assim.
Ela entrou na minha vida e assim como os outros, não a deixarei sair.
E sim, é ela quem me tira do frio e do calor excessivo, que faz acalmar as coisas.
Ela, há dois anos e meio, é minha. Compensarei o resto da minha vida os outros anos que não a tive. Simplismente limparei a casa, enfeitarei o jardim. E ela virá.
Como veio sempre, em todos esses dias, Ana veio.

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